Na programação das oficinas do Fórum Shakespeare em São Paulo estão os acadêmicos da Queen Mary University of London: Jerry Brotton, autor de Shakespeare e o Islã (recém publicado pela editora Penguim, no Reino Unido), um dos mais proeminentes pensadores e escritores do Reino Unido; Joad Raymond, pesquisador da Renascença, especialista no séculos 16 e 17, jornalismo e lobbying; e Catherine Silverstone, autora de Conversa sobre Shakespeare e trauma – um olhar dedicado a cultura queer na performance.

Catherine abriu a programação no dia 22 de abril, sexta-feira, das 16 às 19 horas. No domingo, dia 24 de abril, das 16 às 19 horas foi a vez de Jerry e dia 25 de abril, segunda-feira, das 16 às 19 horas, Joad encerrou o ciclo de oficinas.

Assim como os demais eventos, as oficinas eram gratuitas para 25 participantes cada).

As peças de Shakespeare são repletas de narrativas de desejo, nas quais os personagens desejam o que não podem ter. Através de diversos exercícios e leituras de monólogos, diálogos e cenas, a oficina irá realizar experimentações com estratégias de atuação de desejos, incluindo questões de elencos cross gêneros. Nenhuma experiência em estudos/performances de Shakespeare é necessária, mas os selecionados devem vir preparados para participar de exercícios físicos e estar dispostas à flertar com Shakespeare.

Qualquer tentativa de compreender Shakespeare na sala de aula ou nos palcos deve começar com suas palavras, e como elas se traduzem em ação dramática. A oficina abordará três peças muito diferentes, escritas no início, meio e fim da carreira de Shakespeare – O Mercador de Veneza (1596), Macbeth (1606) e A Tempestade (1611) – e olhar para uma cena-chave de cada texto em profundidade . Através da atenção à linguagem, nós iremos entender as técnicas utilizadas por Shakespeare para a construção e o desenvolvimento de personagens, sua manipulação da tensão dramática, o papel do público e as propriedades do palco. Nenhuma experiência em estudos/performances de Shakespeare é necessária, mas a leitura dessas três peças é recomendada. 

Shakespeare costuma invocar o sobrenatural – fantasmas, bruxas, fadas – em suas obras. Na verdade, ele faz mais uso do sobrenatural que qualquer outro de seus contemporâneos. Por quê? Shakespeare acreditava nesse universo por refletir uma profunda realidade psicológica, ou porque esse universo produz um bom espetáculo? Em nossa oficina, vamos analisar o papel do sobrenatural em Macbeth. Vamos explorar as possibilidades dramáticas que nos são oferecidas por conta das bruxas, aparições e fantasmas no palco. É importante que os participantes leiam a peça antes da oficina e estejam preparados para atividades práticas durante o workshop.

 

 

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